PORQUE PERDOAR

PORQUE PERDOAR

Todos nós, com maior ou menor intensidade, sofremos decepções, somos injustamente ofendidos e criticados, caluniados, difamados, traídos e até perseguidos. Essa dor nos provoca tristeza, cicatrizes e, no ponto extremo, até pode se transformar em ódio, rancor e revanchismo.

“O câncer ainda é uma doença enigmática e assustadora”. Não há relação sustentada pela ciência de que o ódio provoca o câncer. Entretanto, sabemos que nossas células são vivas e tudo que é vivo depende do estado emocional para estar bem ou mal. Quando “ruminamos” e guardamos rancor, prejudicamos nosso organismo, pois nos colocamos num estado de negatividade, prejudicial à nossa saúde. Muitos estudiosos insistem que um dos motivos causadores do câncer é a mágoa, o ressentimento que conservamos, o ódio que “alimentamos”. Há afirmações categóricas de que “O ódio é o câncer da alma” (Tania LB). É preferível, pois, viver bem consigo mesmo, sem ódio, sem rancor, sem mágoas. Até se diz que “a doença passa longe das pessoas positivas e felizes”.

Jesus nos ensinou, na oração do Pai Nosso: “Perdoai as nossas ofensas, como também nós perdoamos aqueles que nos ofenderam” e explicou porque devemos perdoar. As pessoas de fé sabem que Deus só está presente num ambiente de amor e de caridade.

 Perdoar, reconciliar e esquecer os desafetos são decisões difíceis. Alguns são teimosos, intransigentes e resistem em tomá-las. Os conflitos são mais facilmente superados, quando aprendemos a respeitar a diversidade e cultivamos a unidade e a humildade.

 Recentemente, tivemos dias de silêncio para meditar e avaliar a própria vida. Transformemos esse momento em oportunidade, repetindo o ensaio de oração escrito, em Paris, pelo gênio da pintura, o paulista Cândido Portinari, em 1961:

“Senhor, Tua branca espada não deixará

Que penetrem em meu pequeno

Coração: o egoísmo, a vaidade, a

Desconfiança e os males…

Seja eu areia macia que não incomoda.

Que meu olhar atravesse o opaco e

Perceba a erva de Deus, não a esmagando sob meus pés.

Dá-me muito amor.

Eu o distribuirei nas filas intermináveis.

Se esta prece ouvires,

Forte serei e, diariamente, a farei”.

Mensagem do Assessor Especial, Ademar Arcângelo Cirimbelli, maio de 2017.

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