VAIDADE DAS VAIDADES

VAIDADE DAS VAIDADES

         No Livro Eclesiastes, encontramos a exortação atribuída ao rei Salomão: “Vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”. Recordemos que o único pedido feito por Salomão ao Senhor do Universo foi para que lhe concedesse Sabedoria para governar com Justiça.

          Afinal, no que consiste a vaidade? A raiz etimológica é a mesma da palavra vão. Vaidade origina-se dos termos latinos vanitas, vanitatis – cujo significado é, nada mais nada menos, que vacuidade, vácuo, ou seja: o vazio absoluto!

          “No comportamento humano, a vaidade se manifesta como a necessidade de chamar a atenção para si, a necessidade de ter a própria existência reconhecida, de ser notado, não passar despercebido. E como, normalmente, fazemos isso? Pela vestimenta, pelo comportamento, pela eloquência, pela cultura, pelos bens que dispomos e por tantas outras formas”.

          Costuma-se dizer que “cada um tem a sua moeda”. Assim, um grupo reúne-se em um bar e logo aparece aquele indivíduo com uma boa e cara bebida, coloca-a sobre a mesa e diz “Pessoal, comprei pra gente. Fiquem à vontade”. A moeda dele é o dinheiro mesmo… O que ele fez foi com a intenção de ser lembrado, de ser notado, de ser louvado pelo grupo.

         Dizía – nos, o Reitor da UFPel e professor de direito, Delfim Mendes Silveira, quando Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras que, em sua longa vivência acadêmica, constatou que “os sábios eram humildes, acessíveis e os medíocres, os de conhecimento limitado eram vaidosos, arrogantes e prepotentes”.

         As pessoas podem mentir e enganar até a si mesmas, mas por pouco tempo. Não demora e a máscara cai!

         A vaidade cria barreiras ao trabalho de equipe e ao espírito de cooperação nas organizações.

       O ser humano pode abster-se completamente de suas vaidades? Afirmam estudiosos do assunto que “se precisamos de uma moeda, que seja uma bela moeda! Que não sejamos notados por nossas roupas caras ou extravagantes, nem pelo uso de grifes ou exibindo poder aquisitivo, que não seja pela beleza efêmera ou por uma sexualidade exacerbada, que não seja por nossos atos autoritários”. Temos boas moedas disponíveis. Podemos ser notados por nossa humanidade sincera, por nossa gentileza com o próximo, por nossa educação, por nossa sinceridade, por nossa empatia, pela fidelidade aos nossos princípios, por um padrão de comportamento construtivo”.

      Voltemos à origem da palavra vaidade: “vão, vazio”. Resta-nos fazer a opção. “O vão será preenchido e a sensação do vazio, de deserto desaparecerão se compreendermos que tudo é efêmero, que só podemos crescer com o apoio dos nossos iguais. Com estes valores, teremos um clima organizacional de intensa colaboração, sem preferências e sem excluídos”.

     Também Jesus ensinou e praticou a humildade. E deu o exemplo, em várias ocasiões. Os Evangelistas relatam que “Jesus se sentou” e transmitiu a seus discípulos um novo conhecimento: “Se alguém quiser ser o primeiro que seja o último de todos e aquele que serve a todos”.

     Alerta-nos, por fim, o endocrinologista Luiz Fernando Sella, autor de “Os 7 Inimigos do Coração” (Editora Rituaali), que existem sete barreiras para uma vida suave, agradável: ganância, raiva, inveja, egoísmo, mentira, culpa e vaidade.

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Organizado por Ademar Arcângelo Cirimbelli, Assessor da Presidência, setembro/2017.

 

 

 

 

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